"Vamos
tomar um café?"
Essa pergunta cheia de significados no Brasil, é o ponto de partida, a porta que se abre, para uma aproximação, seja ela pessoal ou de negócios. Um cafezinho quente e reconfortante acompanhado de um sorriso, é sempre o primeiro passo para se iniciar qualquer assunto. Em Portugal, surpreendi-me ao perceber, entre conhecidos e amigos, o nosso tradicional e tão querido hábito, que particularmente me deixou bem satisfeita e sentindo-me em casa e abraçada.
Mas
para falar de negócios ou tentar aproximação para expor uma ideia, percebi que
a pergunta fica bem difícil atingir o interlocutor. Como trabalho com eventos,
e acostumada a esse jeito brasileiro de aproximação, tenho percebido a
grande dificuldade, quando o assunto é
espaços culturais.
Ao
telefonar o responsável nunca está disponível e a palavra de ordem é: "envia-nos
um e-mail". Que na maioria das vezes não se obtém respostas. Não vou
estender-me muito, pois tenho conhecimento de outros empecilhos e exigências,
mas prefiro acreditar que fiz ainda poucos e nem tão insistentes contatos. Enfim...quem
disse que seria fácil?
Acostumada
a ter as respostas de imediato, sejam elas em locais públicos ou privados,
facilidades nos agendamentos, disponibilidade de apoios e parcerias, sempre
acompanhados de um cafezinho forte e adocicado, ando pisando em flores por
aqui, com alguns espinhos pelo caminho. Mas se atravessei o oceano, com o
propósito firme e irrevogável de permanecer e fomentar a poesia, literatura e
cultura lusófonas, mesmo que cheia de arranhões continuarei incansável nas
minhas tentativas, com ou sem café.
DRIKKA INQUIT
Entendo bem o que falas...e não desistas não!
ResponderEliminarbeijinhos
Grata Ana, pelo apoio...vamos seguindo!!Beijos
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