quinta-feira, 16 de novembro de 2017

FALA AÍ BRASIL... TACIANA VALENÇA - IX

"Os fins justificam os meios "

Em sua principal obra, "O Príncipe", Nicolau Maquiavel, cria um verdadeiro "Manual da Política", sendo interpretado de várias formas, inclusive sua frase (que dizem jamais ter escrito): "Os fins justificam os meios", é até hoje mal interpretada, assim como é injusto o adjetivo "maquiavélico" e o substantivo "maquiavelismo". Esses termos, que tem origem na sua luta política, são usados cotidianamente ( e injustamente ) de maneira pejorativa. A frase é apenas um resumo da maneira de pensar desse renascentista. Para ele, quase tudo que veio antes estava errado, inclusive as idéias e pensamentos de Aristóteles (cuja prudência era o melhor caminho). Ele não quis dizer que qualquer atitude seria justificada dependendo do objetivo, quis dizer apenas que os fins determinam os meios e que, de acordo com seus objetivos, poderão ser traçados os planos de como atingí-los. Para ele, governar era uma arte e para isso era preciso ser coerente e prático. Era preciso executar friamente as observações antes meticulosamente observadas e analisadas sobre o Estado e a Sociedade. Maquiavel tinha espírito inovador, queria superar o medieval, separar os interesses do Estado dos dogmas e interesses da igreja. Não era o vilão que pintam, ao contrário, nem era malvado. A obra de Maquieavel deixou uma grande contribuição para o mundo, ensinando a vários políticos e governantes. Ficará para sempre tanto na história, quanto na nossa vida cotidiana, já que é uma obra atemporal. Ensinando aos governantes, ensinou também ao povo e é por isso que sempre será considerado um dos maiores pensadores da história do mundo. Algumas máximas maquiavélicas: "Os fins justificam os meios" "Não se pode chamar de "valor" assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória" "Homens ofendem por medo ou por ódio" "Assegurar-se contra os inimigos, ganhar amigos, vencer por força ou por fraude, fazer-se amar a e temer pelo povo, ser seguido e respeitado pelos soldados, destruir os que podem ou devem causar dano, inovar com propostas novas as instituições antigas, ser severo e agradável, magnânimo e liberal, destruir a milícia infiel e criar uma nova, manter as amizades de reis e príncipes, de modo que lhe devam beneficiar com cortesia ou combater com respeito, não encontrará exemplos mais atuais do que as ações do duque." "Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso"" "...Pois o homem que queira professar o bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons." "... vindo a necessidade com os tempos adversos, não se tem tempo para fazer o mal, e o bem que se faz não traz benefícios, pois julga-se feito à força, e não traz reconhecimento." "Tendo o príncipe necessidade de saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos."


TACIANA VALENÇA 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Toca a falar disso