"Os
fins justificam os meios "
Em
sua principal obra, "O Príncipe", Nicolau Maquiavel, cria um
verdadeiro "Manual da Política", sendo interpretado de várias formas,
inclusive sua frase (que dizem jamais ter escrito): "Os fins justificam os
meios", é até hoje mal interpretada, assim como é injusto o adjetivo
"maquiavélico" e o substantivo "maquiavelismo". Esses
termos, que tem origem na sua luta política, são usados cotidianamente ( e injustamente
) de maneira pejorativa. A frase é apenas um resumo da maneira de pensar desse
renascentista. Para ele, quase tudo que veio antes estava errado, inclusive as
idéias e pensamentos de Aristóteles (cuja prudência era o melhor caminho). Ele
não quis dizer que qualquer atitude seria justificada dependendo do objetivo,
quis dizer apenas que os fins determinam os meios e que, de acordo com seus
objetivos, poderão ser traçados os planos de como atingí-los. Para ele,
governar era uma arte e para isso era preciso ser coerente e prático. Era
preciso executar friamente as observações antes meticulosamente observadas e
analisadas sobre o Estado e a Sociedade. Maquiavel tinha espírito inovador,
queria superar o medieval, separar os interesses do Estado dos dogmas e
interesses da igreja. Não era o vilão que pintam, ao contrário, nem era
malvado. A obra de Maquieavel deixou uma grande contribuição para o mundo,
ensinando a vários políticos e governantes. Ficará para sempre tanto na
história, quanto na nossa vida cotidiana, já que é uma obra atemporal.
Ensinando aos governantes, ensinou também ao povo e é por isso que sempre será
considerado um dos maiores pensadores da história do mundo. Algumas máximas
maquiavélicas: "Os fins justificam os meios" "Não se pode chamar
de "valor" assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a
palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à
conquista de um império, mas não à glória" "Homens ofendem por medo
ou por ódio" "Assegurar-se contra os inimigos, ganhar amigos, vencer
por força ou por fraude, fazer-se amar a e temer pelo povo, ser seguido e
respeitado pelos soldados, destruir os que podem ou devem causar dano, inovar
com propostas novas as instituições antigas, ser severo e agradável, magnânimo
e liberal, destruir a milícia infiel e criar uma nova, manter as amizades de
reis e príncipes, de modo que lhe devam beneficiar com cortesia ou combater com
respeito, não encontrará exemplos mais atuais do que as ações do duque."
"Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz,
ficar ocioso"" "...Pois o homem que queira professar o bem por
toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons."
"... vindo a necessidade com os tempos adversos, não se tem tempo para
fazer o mal, e o bem que se faz não traz benefícios, pois julga-se feito à
força, e não traz reconhecimento." "Tendo o príncipe necessidade de
saber usar bem a natureza do animal, deve escolher a raposa e o leão, pois o
leão não sabe se defender das armadilhas e a raposa não sabe se defender da
força bruta dos lobos. Portanto é preciso ser raposa, para conhecer as
armadilhas e leão, para aterrorizar os lobos."
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